Descolonização da Indonésia
Os europeus chegaram lá no início do século XVI e começaram a dominar os reinos que ali existiam, na sua vontade de monopolizar o comércio das especiarias. A história da colonização holandesa na Indonésia começa com a expedição de Cornelis de Houtman
A Indonésia – que havia incorporado a parte ocidental (antes holandesa) da ilha de Timor logo após a Segunda Guerra Mundial – é um país de enorme heterogeneidade étnica, histórica, cultural e linguística, com pelo menos 25 idiomas locais, 250 dialetos e quatro religiões principais (predominando o islamismo).
A Indonésia invadiu o Timor-Leste e pelo menos 200 mil timorenses morreram só nos primeiros três anos da invasão. A população era de apenas 700 mil em 1975. Hoje, há pelo menos 20 mil refugiados timorenses na Austrália e mais de 3.000 em Portugal. Milhares fugiram para a Malásia. Há milhares de órfãos e viúvas. Mulheres foram violadas e forçadas a prostituir-se para servir o exército de ocupação. Há milhares de vítimas de tortura. Nenhum país sofreu trauma tão completo e profundo em tão pouco tempo. Famílias e aldeias inteiras desapareceram. O comportamento indonésio só é equacionável com a barbárie em Uganda e Camboja nos anos 70, ou em Ruanda e Burundi. A tão propalada solidariedade sul-sul é substituída pela selvageria cega. Os sentimentos humanos se perdem completamente.
A Indonésia ambicionava anexar a parte oriental da ilha do Timor, embora afirmasse reconhecer o domínio português.
Com o fim da guerra, Sukarno, que cooperou com os japoneses, declarou a independência da Indonésia, mas os EUA e seus aliados queriam que o exército holandês recuperassem a Indonésia.
A guerra pela independência, denominada Revolução Nacional Indonésia, durou 4 anos e, sob pressão internacional, a Holanda foi forçada a reconhecer o novo país.
Deivid Alves.
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